Holla chicas y chicos, bien?!! Hoje é sexta-feira, dia de dar aquela relaxada, sair com o namorado(a) ou amigos para distrair um pouco, porque afinal, nem se de trabalho vive o homem, não é verdade?! E se estamos falando em 'relaxar', porque não tomando uma taça de vinho? O nosso colunista Luis AugustoSommelier do Bistrô Dee Vine dá a dica...
"Normalmente identificamos um vinho como sendo do dia a dia, aquele que podemos comprar por um preço baixo, bem baratinho, e que também seja bom, para que possamos degustar diariamente uma a duas taças, nas refeições ou simplesmente pelo prazer.
Então, pergunto: Um vinho “barato” pode ser bom? Existe BBB? Bom, Bonito e Barato? Na verdade, esse assunto é muito complexo quando se trata de vinho, pois falamos de qualidade, paladar, complexidade, estrutura etc.
Um Produtor, elabora seus vinhos de acordo com o seu propósito, com a proposta da sua vinícola. Sua linha de produção pode girar apenas em torno de 1 tipo (nível) de vinho, assim como, pode girar em torno de vários tipos (níveis) de vinho. Ele pode optar por produzir somente uma linha básica ou uma linha de Reservas, ou ainda as duas e mais outras.
Um bom produtor, por exemplo, pode fazer um bom vinho com um custo de R$ 100,00 ou mais , e um bom vinho com custo de R$ 35,00. Ambos podem ter qualidade, porém é importante que cada um seja julgado e analisado dentro da sua proposta, do seu nível.
Para a elaboração de um vinho Reserva, evidentemente um vinho superior a um produto básico, leva-se em consideração uma série de fatores, dos quais muitos deles não fazem parte do vinho mais simples, senão vejamos:
Na produção de um vinho básico, o barateamento do custo está relacionado a alguns itens como:
· Barricas de Carvalho: usadas para o amadurecimento do vinho:
Normalmente elimina-se o uso delas, pois as barricas francesas ou americanas têm um alto custo e, o propósito deste tipo de vinho (básico) é atingir imediatamente o mercado para giro de capital, pois atinge um determinado tipo de público.
· A colheita pode ser mecanizada e não manual:
Sem interferir na qualidade, a colheita mecanizada é rápida e substitui uma mão de obra onerosa. Mas isso não impede que haja uma seleção de uvas dando qualidade ao vinho
· Não há necessidade de estágio em cave (permanência do vinho por um determinado período na vinícola, para ganhar afinamento , maciez) eliminando assim um alto custo com funcionários e aparelhos de energia elétrica para manter uma temperatura adequada.
· A procedência das uvas: normalmente vem de vários vinhedos, isso significa dizer que o produtor do vinho pode escolher comprar uvas de produtores diferentes o que baixaria ainda mais o custo.
· SAFRA: Não existe safra especial, colhe-se praticamente todos os anos. Não há produção perdida, a não ser que haja fatores adversos como pragas, doenças e intempéries.
A modernização das vinícolas, novas técnicas implantadas na agricultura, novos conceitos de vinificação, são fatores que determinam sem dúvidas a qualidade de um vinho, entretanto, quem vai garantir a qualidade do produto mesmo é a proposta e o caráter do produtor.
Concluímos que podemos ter sim bons vinhos, com boa qualidade, sem grande complexidade, porém honestos, com preços mais justos.
Tudo vai depender do Produtor, no caso da elaboração, e de quem comercializa esse produto, no caso dos preços.
A minha DICA de hoje é o vinho Serrera Moments Malbec, a R$ 35,00 na DeeVine
Saúde e Até Breve
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